Dicas para a alimentação infantil – Por Vanessa Rosa

Falar sobre alimentação e nutrição infantil é muita responsabilidade, ainda mais quando a única especialização que se tem é a maternidade.

De acordo com minhas pesquisas ainda não há evidências científicas conclusivas sobre o número ideal de refeições diárias. Porém, acredito que a criança que tem uma alimentação balanceada, consumindo grãos integrais e quantidade razoável de vegetais frescos e crus, pode fazer apenas três refeições diárias – ingerindo apenas água entre elas –, ter um desenvolvimento saudável e ficar satisfeita.

A escritora Ellen G. White contribui com valiosas orientações sobre a dieta infantil: “As crianças são também alimentadas com demasiada frequência, o que produz indisposição febril e sofrimentos de várias espécies. Não deve o estômago ser conservado a trabalhar constantemente, mas ter seus períodos de descanso. Sem isso, as crianças se tornarão impertinentes e irritadiças, adoecendo frequentemente.” Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 229.

Na época atual, entendo que as crianças têm ido para a escola cada vez mais cedo e que a partir deste momento entra a questão da socialização com as crianças que são criadas com outros hábitos. Seria muito difícil dizer para a criança que, enquanto os amigos comem, ela ficará assistindo, então, já que elas vão comer juntas e esta experiência pode fazer parte do processo educativo, optei por manter os hábitos saudáveis de casa. Por isso, na lancheira dos meus filhos coloco opções saudáveis e saborosas.

Sempre, sempre, sempre coloque frutas na lancheira do seu filho. Em casa, qualquer fruta que eu sugerir, eles topam. Comem ainda melhor por estarem na companhia de amigos. Mas se o seu filho não gosta muito de  frutas, coloque aquelas que ele possa manusear com as mãos e se alimentar brincando: maçã, banana, uva, mexerica, morango. Enfim, o que sua criatividade mandar. Dê preferência para frutas que são possíveis de transportar inteiras, evitando, assim, a oxidação. Se forem orgânicas, melhor.

Além de frutas, na lancheira da Sarah já coloquei até espiga de milho cozida (ela come frio mesmo e acha uma delícia) e mini cenouras. Li pela internet afora sobre mães que colocam até couve-flor e brócolis levemente cozidos no vapor junto com uma pastinha para as crianças lambuzarem os vegetais. Ainda não testei, mas o farei, já que os meus comem de tudo.

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Sei que este tipo de alimento não são todas as mães que topam mandar, mas as opções não param por aí. Bolos, pães, cookies, biscoitos e salgados caseiros também são bem-aceitos pelas crianças. Outra dica é poder garantir a diversão da criançada quando elas podem colocar a mão na massa. A minha filha mais velha, Sarah, gosta muito de me ajudar a fazer pães e bolos; até mesmo quando uso a máquina de pão ela se diverte colocando os ingredientes na máquina e depois apertando o botão para iniciar o processo.

Vale lembrar que os produtos caseiros são muito mais saudáveis por não conter exageros de sódio, açúcar, muito menos glutamato monossódico, corantes, realçadores de sabor e aquela infinidade de aditivos químicos presentes nos produtos industrializados.

Na semana passada fiz um bolo de maçã integral que as crianças amaram. Segue a receita:

Ingredientes
3 maçãs pequenas
3/4 xícara (chá) de aveia
3 colheres (sopa) de linhaça
3/4 de xícara (chá) de água
1/2 xícara de óleo
3/4 de xícara de açúcar mascavo ou demerara (fiz com o demerara e ficou suavemente adocicado, então é preciso colocar mais um pouquinho se preferir doce)
1 colher (sopa) de vinagre de maçã
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 xícara (chá) de farinha de trigo integral

Modo de preparo:
Bata os sete primeiros ingredientes no liquidificador. (Eu preferi passar as maçãs na centrífuga, coloquei o suco no liquidificador e depois misturei o resíduo na massa).

Coloque a farinha de trigo integral (peneirada) e misture com o fermento num recipiente. Depois, junte o conteúdo do liquificador suavemente e vá mexendo com uma colher de pau ou fue (acho que massa de bolo fica melhor quando mexida com fue). Coloque a massa numa forma de buraco no meio pequena, untada e enfarinhada. Asse em forno médio por 40 minutos.

Costumo mandar água, numa garrafinha, para ser tomada durante todo o período escolar. Para o lanche, costumo mandar suco de uva integral, sem adição de açúcar, que aliás, é um excelente antioxidante. Estou estudando outras opções e depois divulgo para vocês. Outra opção são os sucos naturais feitos em casa, mas eles perdem muito o valor nutricional até a hora do lanche (oxidam). Para conservá-lo, o ideal é colocá-lo numa garrafa térmica e orientar a escola a colocar na geladeira assim que a criança chegar ou colocar numa bolsa de gel congelável, que pode ser encontrada em farmácias ou até mesmo supermercados.

É importante conservar bem os alimentos, usar potes que vedem bem, lancheiras térmicas e garrafas térmicas quando necessário.

Algumas vezes precisei usar produtos industrializados. Nesse caso uso o alimento mais simples (sem recheio) e leio os rótulos para fazer a melhor escolha.

Minha filha gosta de bolacha de água e sal com mel ou melado de cana, por exemplo. A quantidade é pequena, então não creio que faça mal. Melado, por exemplo, tem ferro. Então, se tenho que fazer uma exceção, antes assim do que uma bolacha recheada de calorias vazias ou “vitaminas adicionadas artificialmente”.

Enfim, ainda estou aprendendo a elaborar lanches saudáveis para meus filhos comerem na escola. Comentem, mandem suas sugestões e receitas.

Um grande abraço,

Por Vanessa Rosa – Dia a dia: uma mãe vegetariana

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