O Segredo da Longevidade está na Alimentação e Estilo de Vida

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Matusalém viveu 969 anos, Noé viveu 950 anos e Adão, 930 anos. Estes são números consideráveis de extrema longevidade dos povos antigos citados na Bíblia. Será que é possível chegar aos mesmos resultados? Será que podemos, pelo menos, chegar facilmente aos 120 anos de um outro personagem deste livro, o líder hebreu Moisés?

Talvez o grande segredo da longevidade pode estar pertinho de nós.Algo que precisamos entender é que sobre este assunto, há uma notícia boa e há uma notícia ruim. Obviamente, a notícia ruim é que não há nenhuma fórmula miraculosa para a longevidade, e muito menos estaria ela em Shangri-lá, como cita o livro Horizonte Perdido, de James Hilton. Por outro lado, a boa notícia é que todos podem alcançá-la, pois se trata de uma série de fatores positivos, que se adotados podem melhorar, e muito, a nossa expectativa de vida.

Vivendo como um faraó

De todos os fatores, o único que não está no controle total da pessoa, é sem dúvida, o ambiente favorável. Um dos melhores exemplos na história de que o ambiente pode beneficiar para a vida longa é o do Faraó Ramsés II. Ramsés II liderou o Egito no séc. XIII a.C e é famoso por alguns fatos. Ele é conhecido por ser o faraó do Êxodo (algo que é improvável), por ser um grande pai (mais de 100 filhos), pelas grandes obras arquitetônicas e pela extrema longevidade. Ramsés teria reinado 67 anos e vivido por mais de 90 anos em um Egito onde a expectativa de vida é de um terço disto. Sua vida tão longa o fez ser visto como um deus, algo que ele gostava e propagava bastante.

O fato de ter uma expectativa três vezes maior que a população está exatamente em seu estilo de vida. Além de ser poderoso, Ramsés vivia a mercê da melhor medicina do mundo antigo e tinha uma alimentação variada. A alimentação de um faraó, não só incluía a carne, mas principalmente um rico número de cereais, frutas, verduras e legumes dos mais variados tipos, enquanto a população em geral, supria-se apenas de água e pão, raramente comendo frutas e verduras. Um grande exemplo de como um ambiente favorável pode aumentar a vida da população é que Singapura, Mônaco, San Marino e a pequena ilha de Guernsey, estão entre os países onde há a maior expectativa de vida, ficando por volta de 82 a 83 anos, sendo 10 anos a mais que no Brasil. Nestes países o padrão alto de vida, o atendimento de saúde de primeiro mundo e acesso a alimentos de alta qualidade, fazem estas pessoas viverem como pequenos faraós no mundo de hoje.

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Vivendo mais e melhor

Infelizmente nem todos podem ter acesso a um padrão de vida elevado, mas há um outro fator que ajuda bastante, e ele é a qualidade de vida. Algo que fica evidente quando se observa lugares onde as pessoas vivem mais, é que elas tem uma vida menos estressante, menos complicada, sem deixar de ter uma vida ativa. São lugares onde o número de desempregados é bem menor, os impostos são baixos e há práticas mais saudáveis. Em Andorra, onde a expectativa de vida é em torno de 84 anos, a população tem acesso a trilhas e resorts, buscando sempre o contato com a natureza. A população se exercita muito, com a prática livre de futebol e rugbi. O Japão, que possui praticamente a mesma média de Andorra, sempre figura nas listas de expectativa de vida, principalmente pela escolha de uma vida muito mais saudável. Os japoneses têm o hábito de andar mais e comer menos, além da prática de atividades físicas e de meditação.

Constituído por 63 ilhas, Singapura é exemplo pela busca de qualidade de vida. Além do já mencionado fator econômico favorável, sendo líder na Ásia em IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o pequeno país tem um exemplar trabalho de desenvolvimento para pessoas da terceira idade. Desde a década de 80 a região de Yishun, na parte norte do país, começou a ser trabalhada para abrigar as pessoas mais idosas. Pequenas vilas foram criadas para a moradia de pessoas de mais de 60 anos. Além de um Hospital especializado na região, voluntários, estudantes e trabalhadores foram treinados para interagir com os idosos. Há também um trabalho para incentivar um estilo de vida saudável e a reintegração destes idosos no mercado de trabalho com o intuito deles se sentirem úteis e ativos na comunidade.

Dieta orgânica e natural

De todos os fatores, um que é fundamental para o aumento da vida da população são os hábitos alimentares. Em todos os países líderes em expectativa de vida, a dieta da população tem um protagonismo surpreendente. A dieta rica em legumes, grãos, frutas e verduras tem um papel fundamental para que estas pessoas vivam bem e melhor. O mais curioso, é que a dieta mediterrânica parece ter efeito bem mais eficiente. Mônaco, Israel e a pequena Icária, na Grécia, tem um elevado índice de longevidade. Sua alimentação, baseada em vegetais orgânicos, azeite, frutas e cereais, tem sido responsável pela diminuição de doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, além do aumento da imunidade.

Também é observado que o consumo de carne vermelha em todos estes lugares é extremamente baixa ou praticamente nula. A carne mais consumida por estas populações é o peixe, e em algumas delas nem esta faz parte do cardápio. Fica em destaque a pequena cidade de Loma Linda, nos Estados Unidos, que detém uma expectativa de vida de 80 anos e a população é, em sua maioria, vegetariana.

Loma Linda está situada ao sul da Califórnia, e é conhecida por ser o local onde há a maior concentração de adventistas do sétimo dia no mundo. Devido a uma fé que incentiva o estilo de vida saudável e a dieta vegetariana, Loma Linda é reconhecida por ter uma alta taxa de expectativa de vida. A cidade possui um rigoroso controle no comércio de cigarros, bebidas alcoólicas e carne. Definitivamente a população de Loma Linda se aproxima, e muito, dos exemplos mencionados no início do texto.

Não entrando no mérito se a contagem dos anos pelos povos pré-diluvianos está correta ou não (tanto este site, como este que colunista acreditam que sim), não há dúvidas que eles viveram muito tempo. Eles tinham a favor deles todos os fatores mencionados. Viviam em um ambiente agradável, onde o contato com a natureza era total e o trabalho era praticamente o simples comércio, o artesanato e a agricultura. Muitos deles não tinham a medicina avançada, mas também não sofriam com as doenças (estas provavelmente surgiriam séculos depois) e o mais importante: não havia o consumo de carne. Se analisarmos a Bíblia, a carne só surgiria com o dilúvio universal, onde tem o início de uma a diminuição da expectativa de vida da população. Só para citarmos como exemplo, Noé viveu 950 anos, enquanto Abraão viveu apenas 175 anos, havendo um decréscimo, em 11 gerações, de mais de 500%. A título de comparação, entre Adão e Noé há um salto de 10 gerações, e eles praticamente viveram o mesmo tempo.

Podemos enxergar claramente que não há uma fórmula mágica para a vida longa e próspera, mas sim uma combinação de fatores favoráveis. Para ter uma vida mais longa é necessário aliar estes fatores ao seu dia a dia. Ter uma rotina de atividades físicas, estar em contato com a natureza, buscar um ritmo menos estressante e ter uma dieta sem carne e com mais frutas e verduras, pode ser o grande passo para uma caminhada mais longa nesta Terra.

Assinatura_Eduardo

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