(Continuação do texto “Depressão: doença mental?”)
Lembro das primeiras vezes em que fui ao médico para me tratar da depressão. Depois de uma rápida conversa e alguns exames básicos, saí do consultório da mesma forma como entrei: sem entender a doença, seus perigos, causas e possíveis tratamentos. Apenas com uma receita de medicamento em mãos e a dúvida de que aquilo, de fato, resolveria meu problema. Afinal, uma coisa eu sabia: medicamento não trata a causa, mas os sintomas da doença, trocando-os pelos desagradáveis efeitos colaterais e causando dependência. Daí minha relutância em recorrer ao tratamento convencional.
Porém, o sofrimento era tão grande e o conhecimento tão superficial que segui exatamente as orientações dadas, sem questionar. Após o tratamento exclusivamente medicamentoso e um alívio temporário, lá estava ela de novo, mais avassaladora do que nunca. Condenada à depressão perpétua – era como eu me sentia.
A Palavra de Deus diz que a falta de conhecimento destrói (Oséias 4:6), mas a verdade liberta (João 8:32). Eu estava perecendo por desconhecer a verdade, a causa da doença que me aprisionava. E essa é a realidade de muita gente. Muitos não aprendem a raciocinar da causa para o efeito. Querem eliminar os efeitos, os sintomas desagradáveis, mas não estão dispostos a investigar e eliminar as causas, pois isso implicaria em esforço e mudanças. Porém, tratar os efeitos em detrimento da causa é tão absurdo e ineficiente quanto passar perfume para disfarçar o mau cheiro após semanas sem tomar banho. O mau cheiro (efeito) pode até diminuir ou aparentemente desaparecer por um tempo, mas logo voltará a incomodar, pois a causa (sujeira) não foi eliminada. Só um bom banho solucionaria realmente o problema. É preciso arrancar o mal pela raiz. Tão óbvio, mas tão raro.
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Veja que conselho sábio:
“Todos os que possuem inteligência comum devem compreender as necessidades de seu organismo. A filosofia da saúde deve ser um dos mais importantes estudos de nossos filhos. É importantíssimo que seja compreendido o organismo humano, e então os homens e mulheres inteligentes podem ser o seu próprio médico. Se o povo raciocinasse da causa para o efeito, e seguisse a luz que sobre eles incide, seguiriam um procedimento que lhes asseguraria a saúde, e seria muito menor a mortalidade. Mas o povo satisfaz-se com permanecer em inescusável ignorância, confiando aos médicos o corpo, em vez de assumirem eles mesmos uma responsabilidade especial quanto à questão.” (WHITE, 2000, p. 443)
Tendo isso em mente, convido você a conhecer as possíveis causas da depressão. “À semelhança da maioria das doenças, a depressão é uma doença complexa, resultante da interação de muitos fatores” (NEDLEY, 2010, p. 40), que podem ser assim classificados:
- Fatores não modificáveis
- Fatores relacionados com a alimentação
- Fatores sociais
- Outros fatores do estilo de vida
- Condições clínicas
- Desequilíbrio da atividade elétrica do cérebro
- Causas incomuns de depressão
- Causas não comprovadas de depressão
Na próxima postagem, abordaremos alguns desses fatores. Depressão é hereditária? Tem a ver com idade, sexo ou etnia? E se a depressão é causada por fatores não modificáveis, há saída? É o que veremos em seguida. Até lá…
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Coríntios 10:31)
Referência
NEDLEY, Neil. Como sair da depressão. Tatuí: Casa, 2010.
WHITE, Ellen. Mensagens escolhidas. v. 2. 4. ed. Tatuí: Casa, 2000.