Diabetes: uma inimiga silenciosa

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Nossa saúde é o nosso bem mais precioso, sem ela,  viver é bem complicado. O conceito de saúde transcende os portais da ausência da doença, ou seja, não só da dimensão fisiológica, como as complexas interações emocionais, cosgnitiva, social e cultural.

Há que se ter uma visão holistica e biopsicosocial de saúde. Cada pessoa tem a responsabilidade de buscar conhecimento, tanto sobre sua saúde,quanto sobre doenças e como evitá-las, se possível. Extremamente, importante não estar no  “berço esplêndido “ da ignorãncia,  o preço é muito alto pela mesma, e, por vezes, em algumas situações é irreversível. Nunca, o conhecimento, esteve ao alcance de todos, quanto neste século. Praticamente ficar na ignorância é opção, salvo exceções.

Diabetes pode acontecer por tendência familiar, pré-disposição genética, estilo de vida.

Fatores que podem desencadear ou, agravar o diabetes: obesidade falta de exercícios físicos, infecção, trauma emocional, determinados medicamentos, cirurgias, algumas viroses.

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Segundo, Dr.Drauzio Varella, Diabetes Mellitus é quando os níveis de açúcar no sangue são elevados. Esse processo acontece quando o metabolismo de hidratos de carbono, proteínas e gorduras resultam direta ou, indiretamente na produção da substância chamada glicose, ou seja, açúcar no sangue. A glicose se faz necessária para  fornecer energia às células do corpo humano. Quando os níveis de glicose aumentam demasiadamente, tornam-se venenosos para o cérebro e, outros órgãos do corpo.

Com diabetes, dois principais problemas podem acontecer: primeiro, é deficiência de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que transporta glicose para as células. E segundo, é a resistência das células à insulina,quando o açúcar no sangue não consegue entrar nas células.

Sintomas do diabetes de forma geral: a pessoas urina demais e, com isso se desidrata, sente muita sede(polidpsia), aumento de apetite, alterações visuais, impotência sexual, infecções fúngicas na pele e nas unhas, feridas (especialmente provocada pelo comprometimento das terminações nervosas, disturbios cardíacos e renais).

A pré-diabetes é um termo usado para indicar que o paciente tem potencial, para desenvolver a doença; como se fosse um estado intermediário entre, o saudável e o diabetes tipo II – pois, no caso do tipo I, não existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma predisposição genética ao problema e, a impossibilidade de produzir insulina, podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade. ¹

Diabetes Tipo I:  denominado de  insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via injetável, para suprir o organismo desse hormônio, que deixou de ser produzido pelo pâncreas, que perde a capacidade de produzir insulina. Em decorrência de um defeito no sitema imunológico, isto, faz  nossos anticorpos atacarem as células que produzem esse hormônio.

A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência. Exige a aplicação de injeções diárias e, a suspensão da medicação, pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco.

Sua prevalência tem aumentado em proporções epidêmicas. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê  que, aproximadamente 180 milhões de pessoas, no mundo, apresentam diabetes e, provavelmente, esse número será mais que o dobro em 2030. Os países em desenvolvimento são os que mais apresentam aumento de casos. A possível razão é a maior expectativa de vida da população, além dos maus hábitos alimentares e, do sedentarismo. A OMS estima que quase 80% das mortes causadas por diabetes, ocorrem em países de baixa e média renda, sendo que, a maioria, dessas pessoas tem mais de 70 anos.

Principais sintomas do diabetes tipo I: vontade de urinar diversas vezes, fome frequente, sede constante, perda de peso, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudanças de humor, náusea e vômito.

Diabetes tipo II: as células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade.

O diabetes tipo II  é   uma combinação de dois fatores: a diminuição da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina.

Geralmente, o diabetes tipo II pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar  do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes tipo II ocorre entorno de 90% dos pacientes com diabetes.

A maior parte, das pessoas, com esse tipo de diabetes tem outros fatores relacionados à doença como; obesidade, sedentarismo e histórico do problema na família. Nesse caso, é possível tratar com medicação, dieta alimentar e atividade física. E, com o passar do tempo, especialmente nos relapsos ao tratamento, o uso de insulina pode ser necessário, afirma o Dr. Lerario do Hospital Israelita Einstein.

Principais sintomas do diabetes tipo II: infecções frequentes, alteração visual (visão embaçada), dificuldade na cicatrização de feridas, formigamentos nos pés e furúnculos.

Diabetes gestacional: É o aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando ao aumento nos níveis de glicose, no sangue diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo ou, não persistir após o parto. A causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida.

Geralmente desaparece depois do nascimento do bebê. Há dois fatores de risco importantes nesse caso: o aumento descontrolado de peso durante a gravidez e, quando a futura mamãe tem mais de 35 anos.

Diabetes associado a outras patologias como: as pancreatites alcoólicas, defeitos genéticos  associados a outras doenças ou ao uso de certos medicamentos,

diabetes por doenças do pâncreas( pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.).

Fatores de risco: a obesidade(inclusive a infantil), hereditariedade, falta de exercícios, hipertensão, níveis de colesterol,  triglicerídeos altos, medicamentos tipo à base de cortisona, idade acima de 40 anos( diabeticos tipo II) e estresse emocional.

Alimentar-se de forma inadequada, manter uma vida sedentária são hábitos que a população dos países em desenvolvimento – entre os quais o Brasil – aprendeu rapidamente. Porém, o problema vai além dos quilinhos a mais, e, as consequências maléficas, de uma dieta desequilibrada são grandes para a saúde. Uma delas corresponde ao fator de risco para as doenças do sistema circulatório como: infartos, derrames e o diabetes mellitus.

A diabetes é um mal silêncioso, por isso, o ideal é não esperar que os sintomas surjam para então, procurar ajuda médica. Com exames periódios, há a possibiliade de diagnosticar o aumento da glicose e, iniciar o tratamento precocemente. É preciso estar alerta, pois, um dos principais problemas do diabetes, é que ele pode se desenvolver de forma assintomática. Quando os primeiros sinais de alerta surgem, o quadro já está estabelecido. Prova disso é, o Censo Nacional sobre a Prevalência do Diabetes do Ministério da Saúde, realizado na década de 1980, que mostrou que 50% dos diabéticos, não sabem que são diabéticos.

Quando associado à obesidade, os riscos para a saúde são ainda maiores. “Hoje, a epidemia de diabetes manifesta-se até entre as crianças, por estarem cada vez mais obesas”, explica o Dr. Lerario do Hospital Israelita Einstein.

Se, o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros.

Alguns podem questionar:

-Meu exame de glicemia está acima dos 100 mg/dl. Estou com diabetes?

Não, necessariamente. O exame de glicemia em jejum é o primeiro passo para investigar o diabetes e, acompanhar a doença. Os valores normais da glicemia em jejum ficam entre 75 e 110 mg/dL (miligramas de glicose por decilitro de sangue). Estar um pouco acima ou, abaixo desses valores, indica apenas que o indivíduo está com  glicemia, no jejum alterado. Isso funciona como um alerta, de que a secreção de insulina não está normal. O médico deve seguir com a investigação, solicitando um exame chamado curva glicêmica, que define se, o paciente possui intolerância à glicose, diabetes ou, então apenas um resultado alterado.

Diabetes não é contagiosa. O que acontece é que, em especial no tipo I, há uma propensão genética para se ter a doença e, não uma transmissão comum. Pode acontecer, por exemplo, de a mãe ter diabetes e os filhos nascerem totalmente saudáveis. Já o diabetes tipo II é uma consequência de maus hábitos, como sedentarismo e obesidade, que também podem ser adotados pela família inteira. Isto explica , porque pessoas próximas tendem a ter a doença conjuntamente.

Insulina não causa dependência química.  A aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química ou, psíquica. O hormônio é importante para permitir a entrada de glicose na célula, tornando-se fonte de energia. Não se trata de dependência química e, sim de necessidade vital. O paciente com diabetes precisa da insulina para sobreviver, mas não é um viciado na substância.

Deve-se ter muito cuidado com ingerir qualquer alimento que contenha açúcar até mesmo os naturais, tipo açúcar mascavo e caldo de cana, por exemplo. Eles têm açúcar tipo sacarose, maior vilã do diabetes. Hoje, os padrões internacionais já entendem que 10% dos carboidratos ingeridos pode ser sacarose. Sem o controle e a compensação, os níveis de glicose podem subir e desencadear uma crise. O paciente até pode consumir, mas ele deve ter noção de que não pode abusar e, compensar com equilíbrio na dieta.

O tratamento do diabetes precisa além de cuidados médicos especializado necessita de orientação e acompanhamento, de uma equipe multidiciplinar.

A dieta alimentar é fator que precisa atenção toda especial; evitando normalmente alimentar-se de alimentos que aumentem a glicose.

Exercício físico regular, além de controlar o nível de açúcar, no sangue, proporciona bem estar e outros benefícios para a saúde. Este quesito deveria ser prioridade para todos, inclusive para os diabéticos.

O fumo provoca estreitamento das artérias e veias. O diabetes causa o compromentimento da circulação, nos pequenos vasos sanguíneos (retina e rins ) e, nos grandes vasos (coração e cérebro), fumar pode acelerar o processo e o aparecimento de complicações fisiopatológicas.

A pressão arterial, os níveis de colesterol e, triglicérides devem ser controlados regularmente.

Não se automedique, há sempre o risco de complicar a diabetes, por  exemplo, medicamentos à base de cortisona, aumentam os níveis de glicose no sangue.

O diabetes não pode ser dissociado de outras doenças glandulares. Além da obesidade, outros distúrbios metabólicos (excesso de cortisona, do hormônio do crescimento ou, maior produção de adrenalina pelas suprarrenais) podem estar associados ao diabetes.

Muitos casos de diabetes tipo II  podem ser evitados, quando se está dentro do peso normal, com hábitos alimentares saudáveis e, prática regular de atividade física.

Concluindo, diabetes é uma doença séria. Deveríamos partir sempre do axioma que; sempre que for possível, somos responsáveis pela maneira como optamos viver. Nossa vida é o reflexo das nossas escolhas, incluindo nossa saúde. O cemitério recebe muita gente de forma antecipada que, por vezes,  por ignorância ou, até mesmo por opção, negligencia, displicentemente, os cuidados  com a saúde.

Ignoramos que nosso corpo é o templo da nossa alma e, como tal deveríamos tratá-lo; com muito carinho e respeito. Ingerimos “lixo” e um dia pagamos o preço por intoxicarmos o “motor” da vida.

Abraço e até o próximo.

Assinatura_Soena

Fontes:
www.noahhealth.org
http://www.portal.novartis.com.br/diabetes-mellitus
http://drauziovarella.com.br/diabetes/diabetes/
http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/diabetes-em-crescimento-acelerado.aspx
¹ Texto de apoio ao curso de especialização Atividade Física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira em PDF
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